E tudo a chuva levou - Na noite de 25 para 26 de Novembro de 1967, a queda de forte precipitação causou violentas inundações em toda a região de Lisboa. As consequências foram alarmantes. Rios e ribeiras transbordaram as margens e, na sua sinistra passagem, as águas arrastaram pessoas e tudo mais que apareceu pela frente. Calcula-se que resultaram da intempérie cerca de 700 mortos e milhares de desalojados. Entre as vítimas mortais constaram três jovens e valorosos bombeiros, facto quase sempre ignorado quando se aborda o tema das cheias de 1967. Referimo-nos a José Carlos Ramos Basílio, Cadete dos Bombeiros Voluntários de Alverca, e José Rosa Serra e José António Lourenço Venâncio, respectivamente, Aspirante e Cadete dos Bombeiros Voluntários de Bucelas, cujos corpos foram encontrados mais tarde.

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sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

In memoriam: Victor Neto (1942-2024)

"A competência colocada em todos e quaisquer projectos por si desenvolvidos, nos domínios histórico-museológico, expositivo e editorial, bem como a facilidade com que estabelecia relações interpessoais, determinaram ainda o êxito da sua prestação."



Lisboa-74 determinou o início de um novo futuro

Pesquisa/Texto: Redacção F&H
Fotos: Arquivo F&H

Passaram 50 anos sobre a realização do 21.º Congresso Nacional dos Bombeiros Portugueses.
A primeira reunião magna do sector após o 25 de Abril teve lugar num período atípico, isto é, entre 31 de Outubro e 3 de Novembro de 1974.
Na ocasião, "os bombeiros portugueses decidiram apresentar ao Governo as conclusões do seu Congresso prevendo a criação dum órgão nacional de socorrismo", enfatizou a comunicação social.



1978: A formação dos bombeiros e o impulso federativo

Pesquisa/Texto: Luís Miguel Baptista
Fotos: Arquivo F&H, Fundação Calouste Gulbenkian e ISEC Lisboa

A formação dos corpos de bombeiros, tal como hoje a conhecemos, estruturada e assente numa entidade pedagógica específica, constitui uma situação relativamente recente.
No ano de 1978, realizou-se em Portugal o primeiro Curso de Actualização e Aperfeiçoamento, destinado a chefes, subchefes e bombeiros de 1.ª classe, abrangendo apenas o distrito de Lisboa.
A iniciativa partiu da respectiva Federação de Bombeiros, cuja dinâmica organizacional dominante teve impacto decisivo em importantes aspectos da vida dos bombeiros portugueses, no contexto da chamada "reestruturação" do sector, impulsionada pela nova realidade nacional saída do 25 de Abril.



Natal, a Bem da Humanidade

Pesquisa/Texto: Redacção F&H
Fotos: Bombeiros Voluntários de Vizela

O Natal constitui, também, ocasião de celebração nos quartéis de bombeiros. Todos os anos, um pouco por todo o país, o espírito natalício é vivido em autêntico ambiente familiar.
Há algum tempo, porém, o Natal ali assinalado tinha uma expressão diferente daquele que hoje acontece, revestindo-se de carácter eminentemente social, o que obriga à contextualização sociocultural do país e das instituições numa era de prevalecente caridade.




Um eléctrico chamado socorro

Pesquisa/Texto: Redacção F&H
Foto: Câmara Municipal de Sintra

O Eléctrico de Sintra, cujos troços foram abertos há 120 anos, chegou a servir de transporte alternativo aos bombeiros. Quando necessários socorros em pontos distantes e de dificultado acesso, pessoal e material saiam lestos dos quartéis, embarcavam com o seu material e ao fim de pouco tempo de viagem tomavam posição nos locais de ocorrência.



Bissau também honrou lema "Vida por Vida"

Pesquisa/Texto: Luís Miguel Baptista

O estudo das associações e corpos de bombeiros que, por diferentes contingências, foram extintas, é das tarefas mais desafiantes que a investigação histórica pode conhecer.
Em Bissau, enquanto capital da antiga Guiné Portuguesa, existiu um corpo de bombeiros voluntários cuja organização, à semelhança dos demais existentes nas províncias ultramarinas, obedecia ao modelo adoptado na metrópole.
A RTP Arquivos oferece-nos imagens desse tempo, reportando uma solenidade que se revestiu de interesse noticioso e até político.