Fotos: Arquivo F&H, Fundação Calouste Gulbenkian e ISEC Lisboa
A formação dos corpos de bombeiros, tal como hoje a conhecemos, estruturada e assente numa entidade pedagógica específica, constitui uma situação relativamente recente.
No ano de 1978, realizou-se em Portugal o primeiro Curso de Actualização e Aperfeiçoamento, destinado a chefes, subchefes e bombeiros de 1.ª classe, abrangendo apenas o distrito de Lisboa.
O testemunho apresentado, recolhido no seio de informação produzida mais tarde pelo extinto Serviço Nacional de Bombeiros, acrescenta que "por falta de monitores habilitados, numerosas corporações funcionavam com reduzida ou quase nula prática de instrução".
Outras faltas, porém, eram igualmente sentidas, tais como, "planeamento e coordenação de acções de formação, no âmbito de uma estratégia comum e global", "definição de objectivos e conteúdos curriculares ajustados aos diversos níveis de funções (estas, por sua vez, também não muito clarificadas)" e "motivação para obtenção de formação especial orientada para determinadas áreas de intervenção operacional".
Na citada reunião federativa ficou também decidido que o curso teria lugar em regime de internato e, além dos conteúdos convencionais dos programas de concursos para chefes e subchefes, incluiria matérias novas ou actualizadas. A saber: Prevenção e Vistorias, Edifícios de Grande Altura, Produtos Químicos, Gases e Plásticos, Hidráulica, Rádio-Comunicações, Táctica de Ataque a Incêndios e Disposição de Meios.
Constituída para o efeito uma comissão organizadora, esta desenvolveu acção ao longo de 15 reuniões, contando com a participação da generalidade dos instrutores que integraram o corpo docente, alguns dos mais destacados e estudiosos comandantes da época que trabalharam em regime pro bono.
Desde a primeira hora que a FBDL mereceu o acolhimento, incentivo e apoio do Inspector de Incêndios da Zona Sul, Coronel Fernando Teixeira Coelho, o que diz bem da credibilidade da estrutura e da mais-valia do seu propósito.
O ex-Comandante Nacional de Emergência e Protecção Civil, Paulo Gil Martins, ao tempo Bombeiro de 1.ª Classe dos Bombeiros Voluntários do Estoril (BVE), participou no Curso de Actualização e Aperfeiçoamento da Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa.
A apreciável prestação tida na oportunidade desde logo fez antever ao corpo docente que estava ali um jovem promissor. Com efeito, cinco anos depois, quando já era 2.º Comandante dos BVE, foi nomeado Inspector Regional de Bombeiros de Lisboa e Vale do Tejo, do recém-criado Serviço Nacional de Bombeiros.
Personalidade de firmados créditos, designadamente, no exercício de algumas das mais relevantes funções públicas ligadas aos Bombeiros, e com vasta actividade técnica e científica nos domínios da Segurança, Protecção Civil e Gestão de Emergências, anuiu gentilmente ao nosso convite para dar depoimento sobre a experiência vivida há 46 anos.
Engenheiro e Especialista PP em Protecção Civil, na actualidade, é Professor Adjunto e Investigador do Instituto Superior de Educação e Ciências de Lisboa, Auditor de Defesa Nacional e Vice-Presidente do Colégio de Protecção Civil da Ordem dos Engenheiros.
FOGO & HISTÓRIA (F&H) - Quais as recordações que guarda da participação no Curso de Actualização e Aperfeiçoamento?
F&H - Que impacto teve na altura a formação recebida, na sua função de bombeiro?
PGM - A formação recebida foi um marco significativo no desenvolvimento profissional dos bombeiros da época, incluindo a minha. Este curso, pioneiro e inovador, teve um impacto profundo, não apenas por introduzir conhecimentos técnicos e práticos actualizados, mas também por elevar o padrão de preparação dos bombeiros portugueses.
Para mim a formação destacou-se como uma oportunidade de crescimento e reconhecimento, permitindo-me não apenas adquirir novas competências, mas também aplicar estas na melhoria das práticas operacionais e no reforço do espírito de liderança dentro do meu corpo de bombeiros. A minha classificação demonstra o empenho e a capacidade de abraçar o desafio de modernizar e elevar os padrões do serviço, algo essencial num contexto em que os desafios de combate a incêndios e de protecção civil eram cada vez mais exigentes.
O impacto mais amplo desta formação traduziu-se numa maior capacidade de resposta dos corpos de bombeiros às emergências, fortalecendo a confiança das comunidades nos serviços prestados. Além disso, iniciativas como esta abriram caminho para a criação de estruturas de formação mais organizadas e estruturadas, essencial para garantir a continuidade e evolução das boas práticas no sector.
A visão e o compromisso, certamente contribuíram para a modernização e prestígio dos bombeiros portugueses. Na altura, a formação significou mais do que um aprimoramento técnico; simbolizou a transição para uma abordagem mais estratégica e profissional na gestão do socorro, cuja influência perdura até aos dias de hoje.
A formação dos corpos de bombeiros, tal como hoje a conhecemos, estruturada e assente numa entidade pedagógica específica, constitui uma situação relativamente recente.
No ano de 1978, realizou-se em Portugal o primeiro Curso de Actualização e Aperfeiçoamento, destinado a chefes, subchefes e bombeiros de 1.ª classe, abrangendo apenas o distrito de Lisboa.
A iniciativa partiu da respectiva Federação de Bombeiros, cuja dinâmica organizacional dominante teve impacto decisivo em importantes aspectos da vida dos bombeiros portugueses, no contexto da chamada "reestruturação" do sector, impulsionada pela nova realidade nacional saída do 25 de Abril.
A abordagem do facto em presença implica que, primeiramente, façamos uma contextualização histórica das condições formativas da época, ao nível do voluntariado.
Mas antes, parece-nos justo registar o significativo papel exercido durante anos por competentes elementos dos sapadores bombeiros, na qualidade de instrutores de bombeiros voluntários, assegurando a instrução nos próprios quartéis, à luz de uma relação de cooperação estabelecida com entidades detentoras de corpos de bombeiros.
Em tese, na segunda metade dos anos 70 do século passado, a formação dos bombeiros "assentava quase exclusivamente nos trabalhos de instrução realizados sob iniciativa e responsabilidade dos respectivos comandos locais" e "visava essencialmente a realização dos exames de promoção a postos hierárquicos mais elevados, atribuindo-se reduzida importância à formação permanente e de aperfeiçoamento técnico".
O testemunho apresentado, recolhido no seio de informação produzida mais tarde pelo extinto Serviço Nacional de Bombeiros, acrescenta que "por falta de monitores habilitados, numerosas corporações funcionavam com reduzida ou quase nula prática de instrução".
Outras faltas, porém, eram igualmente sentidas, tais como, "planeamento e coordenação de acções de formação, no âmbito de uma estratégia comum e global", "definição de objectivos e conteúdos curriculares ajustados aos diversos níveis de funções (estas, por sua vez, também não muito clarificadas)" e "motivação para obtenção de formação especial orientada para determinadas áreas de intervenção operacional".
Foi toda essa conjuntura que levou os responsáveis da Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa (FBDL) a idealizar, no dia 22 de Outubro de 1977, o Curso de Actualização e Aperfeiçoamento, designação só adoptada a 17 de Dezembro do mesmo ano, em plenário ocorrido no quartel-sede dos Bombeiros Voluntários do Estoril (BVE).
Na citada reunião federativa ficou também decidido que o curso teria lugar em regime de internato e, além dos conteúdos convencionais dos programas de concursos para chefes e subchefes, incluiria matérias novas ou actualizadas. A saber: Prevenção e Vistorias, Edifícios de Grande Altura, Produtos Químicos, Gases e Plásticos, Hidráulica, Rádio-Comunicações, Táctica de Ataque a Incêndios e Disposição de Meios.
Constituída para o efeito uma comissão organizadora, esta desenvolveu acção ao longo de 15 reuniões, contando com a participação da generalidade dos instrutores que integraram o corpo docente, alguns dos mais destacados e estudiosos comandantes da época que trabalharam em regime pro bono.
Desde a primeira hora que a FBDL mereceu o acolhimento, incentivo e apoio do Inspector de Incêndios da Zona Sul, Coronel Fernando Teixeira Coelho, o que diz bem da credibilidade da estrutura e da mais-valia do seu propósito.
Por sua vez, e não menos revelador da capacidade da Federação, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e o Ministério da Administração Interna comparticiparam nas diferentes despesas, tendo a tutela atribuído um subsídio de cinquenta mil escudos.
Da dinâmica formativa e suas incidências
O Curso de Aperfeiçoamento e Actualização veio a decorrer entre 1 e 22 de Abril de 1978, no Instituto Superior de Educação Física (na foto), mais conhecido por ISEF, na Cruz Quebrada, actual Faculdade de Motricidade Humana, sendo ainda utilizadas as instalações do Centro de Estágio do referido organismo para efeitos de alojamento e refeições.
Apresentaram-se à iniciativa 61 alunos, distribuídos por duas turmas, envolvendo 23 corpos de bombeiros do distrito.
O início do curso ficou marcado pela honrosa presença do Ministro da Administração Interna, Jaime Gama, que presidiu à aula inaugural proferida pelo Inspector de Incêndios, circunstância noticiada por jornais da capital.
Apresentaram-se à iniciativa 61 alunos, distribuídos por duas turmas, envolvendo 23 corpos de bombeiros do distrito.
O início do curso ficou marcado pela honrosa presença do Ministro da Administração Interna, Jaime Gama, que presidiu à aula inaugural proferida pelo Inspector de Incêndios, circunstância noticiada por jornais da capital.
"O programa do Curso foi integralmente cumprido, a receptividade dos instruendos foi total e os instrutores desenvolveram um trabalho a todos os títulos meritório dada a manifesta escassez de tempo para a vastidão das matérias ministradas", refere relatório então elaborado adiantando que "para a maioria dos alunos algumas matérias constituíram verdadeira novidade".
As provas finais tiveram lugar no dia 22 de Abril, entre as 15h30 e as 18h30.
A média de aproveitamento, por instruendo e disciplina, foi de 75 por cento.
Saliente-se que a classificação mais baixa (49 pontos no máximo de 97) representou 50,5 por cento de aproveitamento.
Por proposta da Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa, as classificações atribuídas, "muito apto" e "apto", significando, respectivamente, uma pontuação superior e inferior a 84 pontos, foram publicadas em Ordem de Serviço da Inspecção de Incêndios da Zona Sul.
Paralelamente, e dando acolhimento a outra proposta da Federação, a Inspecção autorizou que os participantes passassem a usar, no uniforme, o distintivo do curso, cujo modelo reproduzimos na foto abaixo publicada.
Num tempo em que tudo estava ainda por surgir, a FBDL revelou-se visionária e retirou importantes conclusões, de resto, divulgadas publicamente e de tal maneira penetrantes que vieram a servir de diagnóstico sobre o que se impunha como necessário no plano formativo dos bombeiros portugueses e a auxiliar, na base da experimentação, a acção discursiva da própria LBP quanto às ambicionadas e por demais justificadas transformações do sector.
Pelo seu carácter impactante e pela sua relevância histórica, passamos a transcrever as conclusões atrás mencionadas:
1 - Foram alcançados os objectivos previamente fixados, como sejam:
- Elevação do nível de conhecimentos técnicos dos homens em posição nuclear nas Corporações de Bombeiros (Chefes, Sub-Chefes e Bombeiros de 1.ª).
- Despertar e dinamizar nos Bombeiros mais responsáveis o sentido do estudo e da análise planeada das situações.
- Polarizar da atenção dos Bombeiros para a moderna evolução no domínio da prevenção e segurança contra incêndios.
2 - Foi demonstrada a patente carência de uma Escola de Fogo e, bem assim, comprovada a viabilidade de constituição da mesma sob a égide dos organismos oficiais - destaca-se neste ponto o decisivo contributo dado por Sua Exa. o Senhor Ministro da Administração Interna.3 - Mais uma vez ficou comprovada a capacidade organizativa dos Bombeiros, valorizada pelo facto de se terem conseguido resultados com contrapartida em baixos custos.
"(...) sem falsa modéstia, a realização deste Curso constituiu assinalável êxito", considerou a sua Comissão Organizadora. Tanto que, em 1981, por solicitação da Federação dos Bombeiros do Distrito de Braga, a Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa colaborou na preparação de igual curso, efectuado de 17 a 20 e de 26 a 27 de Setembro, na cidade de Braga, o que oportunamente também recordaremos.
Corria o ano de 1984, era Presidente da FBDL o Comandante Amílcar Carvalho, dos BVE, chegou a estar perspectivado novo curso para o distrito de Lisboa, mas, por razões que desconhecemos, o mesmo não se concretizou.
A apreciável prestação tida na oportunidade desde logo fez antever ao corpo docente que estava ali um jovem promissor. Com efeito, cinco anos depois, quando já era 2.º Comandante dos BVE, foi nomeado Inspector Regional de Bombeiros de Lisboa e Vale do Tejo, do recém-criado Serviço Nacional de Bombeiros.
Personalidade de firmados créditos, designadamente, no exercício de algumas das mais relevantes funções públicas ligadas aos Bombeiros, e com vasta actividade técnica e científica nos domínios da Segurança, Protecção Civil e Gestão de Emergências, anuiu gentilmente ao nosso convite para dar depoimento sobre a experiência vivida há 46 anos.
Engenheiro e Especialista PP em Protecção Civil, na actualidade, é Professor Adjunto e Investigador do Instituto Superior de Educação e Ciências de Lisboa, Auditor de Defesa Nacional e Vice-Presidente do Colégio de Protecção Civil da Ordem dos Engenheiros.
Paulo Gil Martins (PGM) - As recordações do curso de 1978, realizado no âmbito da Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa, foram marcantes para todos os envolvidos, especialmente considerando o papel pioneiro que desempenhou na formação técnica e operacional dos bombeiros em Portugal. Para aqueles que participaram, como eu, Bombeiro de 1.ª Classe dos Bombeiros Voluntários do Estoril, o curso foi uma oportunidade única e valiosa para aprimorar conhecimentos e competências num contexto em que a formação especializada era ainda muitíssimo incipiente no país.
Este tipo de iniciativa não só elevou o nível de preparação técnica dos bombeiros, mas também fomentou o espírito de camaradagem, partilha de experiências e aperfeiçoamento. Quem guarda memórias dessa época pode lembrar-se do entusiasmo com que se debatiam novas metodologias de combate a incêndios e salvamento, bem como da relevância de receber apoio directo de entidades como a Liga dos Bombeiros Portugueses.
A minha participação, destacando humildemente a segunda melhor classificação, simbolizou também o espírito de inovação e dedicação que, seguramente, inspirou outros colegas e ajudou a consolidar a ideia de se criar uma estrutura mais robusta e organizada para a formação dos bombeiros em Portugal - o que viria a culminar na criação da Escola Nacional de Bombeiros. As recordações incluem momentos de aprendizagem prática, debates enriquecedores e o orgulho de contribuir para um marco na história dos Bombeiros em Portugal.
Este tipo de iniciativa não só elevou o nível de preparação técnica dos bombeiros, mas também fomentou o espírito de camaradagem, partilha de experiências e aperfeiçoamento. Quem guarda memórias dessa época pode lembrar-se do entusiasmo com que se debatiam novas metodologias de combate a incêndios e salvamento, bem como da relevância de receber apoio directo de entidades como a Liga dos Bombeiros Portugueses.
A minha participação, destacando humildemente a segunda melhor classificação, simbolizou também o espírito de inovação e dedicação que, seguramente, inspirou outros colegas e ajudou a consolidar a ideia de se criar uma estrutura mais robusta e organizada para a formação dos bombeiros em Portugal - o que viria a culminar na criação da Escola Nacional de Bombeiros. As recordações incluem momentos de aprendizagem prática, debates enriquecedores e o orgulho de contribuir para um marco na história dos Bombeiros em Portugal.
"Na altura, a formação significou mais do que um aprimoramento técnico; simbolizou a transição para uma abordagem mais estratégica e profissional na gestão do socorro, cuja influência perdura até aos dias de hoje"
F&H - Que impacto teve na altura a formação recebida, na sua função de bombeiro?
PGM - A formação recebida foi um marco significativo no desenvolvimento profissional dos bombeiros da época, incluindo a minha. Este curso, pioneiro e inovador, teve um impacto profundo, não apenas por introduzir conhecimentos técnicos e práticos actualizados, mas também por elevar o padrão de preparação dos bombeiros portugueses.
Para mim a formação destacou-se como uma oportunidade de crescimento e reconhecimento, permitindo-me não apenas adquirir novas competências, mas também aplicar estas na melhoria das práticas operacionais e no reforço do espírito de liderança dentro do meu corpo de bombeiros. A minha classificação demonstra o empenho e a capacidade de abraçar o desafio de modernizar e elevar os padrões do serviço, algo essencial num contexto em que os desafios de combate a incêndios e de protecção civil eram cada vez mais exigentes.
O impacto mais amplo desta formação traduziu-se numa maior capacidade de resposta dos corpos de bombeiros às emergências, fortalecendo a confiança das comunidades nos serviços prestados. Além disso, iniciativas como esta abriram caminho para a criação de estruturas de formação mais organizadas e estruturadas, essencial para garantir a continuidade e evolução das boas práticas no sector.
A visão e o compromisso, certamente contribuíram para a modernização e prestígio dos bombeiros portugueses. Na altura, a formação significou mais do que um aprimoramento técnico; simbolizou a transição para uma abordagem mais estratégica e profissional na gestão do socorro, cuja influência perdura até aos dias de hoje.
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FEDERAÇÃO DOS BOMBEIROS DO DISTRITO DE LISBOA
1977-1978
Direcção
Bombeiros Voluntários de Agualva-Cacém
José Manuel Lourenço Baptista
Bombeiros Voluntários de Campo de Ourique
Comandante Honorário Fernando dos Santos Almeida
Bombeiros Voluntários Lisbonenses
António Lourenço
Bombeiros Voluntários do Dafundo
Comandante Carlos Andretta Cardoso de Carvalho
Bombeiros Voluntários de Algueirão-Mem Martins
2.º Comandante Álvaro Tavares Ruivo
Bombeiros Voluntários de Moscavide
Comandante Cristóvão Barata de Lima
Bombeiros Voluntários de Belas
Alfredo Caetano Cadacho de Assunção
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO
Coordenador
Comandante Cristiano Santos
Bombeiros Voluntários de Loures
Corpo Docente - Instrutores
Coronel Silva Ramos
Capitão Álvaro Silvestre
Chefe Ajudante Luís Rocha
Batalhão de Sapadores Bombeiros de Lisboa
Comandante Joel Santana
Bombeiros Voluntários Lisbonenses
Comandante Guilherme Esteves
Bombeiros Voluntários de Odivelas
2.º Comandante Ernesto Cardoso
Bombeiros Voluntários de Carnaxide
Comandante Amílcar Carvalho
Bombeiros Voluntários do Estoril
2.º Comandante Joaquim Vicente
Bombeiros Voluntários de Alcabideche
Comandante Luís Filipe de Araújo
Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos