Foto: Câmara Municipal de Sintra
O Eléctrico de Sintra, cujos troços foram abertos há 120 anos, chegou a servir de transporte alternativo aos bombeiros. Quando necessários socorros em pontos distantes e de dificultado acesso, pessoal e material saiam lestos dos quartéis, embarcavam com o seu material e ao fim de pouco tempo de viagem tomavam posição nos locais de ocorrência.
A situação que é mais conhecida aconteceu em 28 de Julho de 1921. Nesta data, deflagrou um incêndio no elegante e confortável Hotel-Restaurant Royal Belle-Vue, na Praia das Maçãs.
Ao toque a rebate responderam os Bombeiros Voluntários de Colares, comparecendo com uma das suas duas bombas braçais.
Porque a urgência era grande, conseguiram que o referido equipamento e os voluntários que haviam sido mobilizados, assim como alguns populares, seguissem no eléctrico, a partir da estação do Banzão, numa vagoneta atrelada.
Infelizmente, à chegada, o edifício era pasto de chamas.
“(...) de vez em quando, estilhaçavam-se os vidros de uma janela do hotel e logo dela saíam furiosas línguas de fogo”, recordou em tempos quem testemunhou o sucedido.
Os hóspedes do hotel, no ímpeto de salvarem os seus pertences e diverso recheio das instalações, iam fazendo lançamentos pelas janelas, acabando os mesmos, em parte, por se inutilizar.
Porque o edifício ficava situado junto à costa, os bombeiros decidiram instalar a bomba no rochedo e utilizar a água do mar através de um corpo chupador, que servia para abastecer a caldeira e esta, por sua vez, alimentava as mangueiras.
Também os Bombeiros de Sintra acorreram ao incêndio, utilizando o eléctrico como meio de transporte. Valeu-lhes, tal como verificado com os seus congéneres, a facilidade concedida pela Companhia Sintra-Atlântico, permitindo que a sua bomba fosse igualmente transportada numa vagoneta. Os 16 quilómetros que os separavam do sinistro foram percorridos durante cerca de 25 minutos, facto muito apreciado. No entanto, pouco adiantou a conseguida ligeireza. O ataque ao fogo resultou numa acção infrutífera, por condicionalismos semelhantes aos experimentados pelos camaradas colarenses.
Ao toque a rebate responderam os Bombeiros Voluntários de Colares, comparecendo com uma das suas duas bombas braçais.
Porque a urgência era grande, conseguiram que o referido equipamento e os voluntários que haviam sido mobilizados, assim como alguns populares, seguissem no eléctrico, a partir da estação do Banzão, numa vagoneta atrelada.
Infelizmente, à chegada, o edifício era pasto de chamas.
“(...) de vez em quando, estilhaçavam-se os vidros de uma janela do hotel e logo dela saíam furiosas línguas de fogo”, recordou em tempos quem testemunhou o sucedido.
Os hóspedes do hotel, no ímpeto de salvarem os seus pertences e diverso recheio das instalações, iam fazendo lançamentos pelas janelas, acabando os mesmos, em parte, por se inutilizar.
Porque o edifício ficava situado junto à costa, os bombeiros decidiram instalar a bomba no rochedo e utilizar a água do mar através de um corpo chupador, que servia para abastecer a caldeira e esta, por sua vez, alimentava as mangueiras.
Apesar de concentradas todas as forças na rápida movimentação do engenho, a pressão mantinha-se baixa e dificilmente os jactos de duas agulhetas a trabalho atingiam as chamas.
Também os Bombeiros de Sintra acorreram ao incêndio, utilizando o eléctrico como meio de transporte. Valeu-lhes, tal como verificado com os seus congéneres, a facilidade concedida pela Companhia Sintra-Atlântico, permitindo que a sua bomba fosse igualmente transportada numa vagoneta. Os 16 quilómetros que os separavam do sinistro foram percorridos durante cerca de 25 minutos, facto muito apreciado. No entanto, pouco adiantou a conseguida ligeireza. O ataque ao fogo resultou numa acção infrutífera, por condicionalismos semelhantes aos experimentados pelos camaradas colarenses.
Note-se que em 1921, quer os Voluntários de Colares, quer os Voluntários de Sintra, ainda não tinham sido objecto do advento da motorização. A utilização do meio automóvel só veio a ser realidade, no caso dos primeiros, em 1930, e quanto aos segundos, em 1923.
O incêndio foi dado como extinto algumas horas depois dos acontecimentos aqui descritos, quando já nada mais havia para arder. Por consequência, o edifício ficou transformado em escombros.
O Hotel-Restaurant Royal Belle-Vue apresentava-se muito moderno para a época. Todos os quartos dispunham de iluminação eléctrica e água potável. Constituía, portanto, uma unidade de excelência ao serviço do turismo balnear.
O incêndio foi dado como extinto algumas horas depois dos acontecimentos aqui descritos, quando já nada mais havia para arder. Por consequência, o edifício ficou transformado em escombros.
O Hotel-Restaurant Royal Belle-Vue apresentava-se muito moderno para a época. Todos os quartos dispunham de iluminação eléctrica e água potável. Constituía, portanto, uma unidade de excelência ao serviço do turismo balnear.
Ainda a título de curiosidade, de referir que, no ano de 1913, o imóvel serviu de casa de veraneio ao Primeiro-Ministro Afonso Costa, tendo estado iminente na ocasião o assassinato do governante. A acção, da responsabilidade de opositores políticos, acabou interceptada por republicanos de Sintra e pelas autoridades policiais.
Nas imagens:
O Eléctrico de Sintra no terminal da Praia das Maçãs, vendo-se ao fundo o imponente edifício do Hotel-Restaurant Royal Belle-Vue.
Modelo de bomba braçal do séc. XIX, semelhante ao utilizado pelos Bombeiros Voluntários de Colares e de Sintra no combate ao incêndio.